Vivemos reclamando e isso é um fato!
Reclamamos da política, do trabalho, da família, dos amigos, da saúde, do tempo, do preço das coisas, das demandas que temos e que nós damos conta de tudo. Sabe o que eu acho muito intrigante, nós, como protagonistas das nossas histórias, sempre somos os mocinhos, os coitados que sempre conseguimos dar conta de impensável, e o resto do mundo, abusa da nossa benevolência.
Quando encontramos alguém na rua, seja quem for, e perguntamos, olá, tudo bem com você? Como bons seres humanos, que adoramos uma tragédia, invariavelmente vamos pensar na cena triste, em algum acontecimento catastrófico, que nos dê uma boa história e que faça nosso interlocutor se penalizar e dizer como somos fortes e incríveis por passarmos por essa situação. Não me lembro da oportunidade que encontrei alguém e essa pessoa me contou uma história feliz. Porque de fato, falar de coisas boas não dá likes e não queremos ninguém com inveja de nós.
Aí te pergunto: você tem uma beleza extraordinária, uma vida sem problemas ou uma infinidade de dinheiro que não conseguiria gastar em uma vida, um trabalho que você nunca se cansa e faz sentido para você sem nenhum senão, uma família perfeita sem nenhum problema, amigos incríveis que você pode realmente contar a qualquer momento? Então me fala do que as pessoas sentirão inveja?
Nós enxergamos o que temos dentro de nós. Atraímos o que temos dentro de nós. Esquece isso!!!!
Inveja é um sentimento humano, e todos nós sentimos em algum momento, mas quanto mais nos afastarmos deste sentimento, mais coisas boas criaremos.
Você já ficou genuinamente feliz pelo êxito de outra pessoa? Se isso aconteceu você entendeu muito da vida.
Mas, voltando às nossas histórias trágicas, nós gostamos do drama. Muitas vezes nossa “zona de conforto” não é nenhum pouco confortável, mas, mesmo assim, é mais fácil ficar e reclamar do que enfrentar o novo. O novo dá medo! Não sabemos o que vamos encontrar, não sabemos os desafios, e para fazer parte do grupo, é mais fácil ficar no mesmo lugar e continuar reclamando. Nos colocamos como vítimas e criamos desculpas reais para não nos mexermos.
Nas minhas relações com as pessoas, sempre me deparo com o seguinte diálogo:
VAI LEVANDO??????
Exatamente isso que sempre me incomodou! Vai levando não. Nossa vida precisa ter mais sentido do que isso! Que exemplo você está dando para os seus filhos com essa atitude? Que mundo melhor você está criando dessa forma? LEVANDO????
Não estou dizendo que precisamos acordar todo dia com a máxima potência. Ninguém consegue isso todo dia! Estou falando em fazer nossa vida, nosso trabalho, nossos dias valerem realmente a pena. Viver e não apenas existir na famosa corrida dos ratos. Entregar definitivamente nosso melhor em todos os papeis que temos em nossa vida como pais, mães, irmãos, amigos, profissionais, filhos, cônjuges, cidadãos do mundo…
O que fez com que eu mudasse toda a minha vida é que eu não queria apenas ir LEVANDO, eu queria usar tudo o que estudei, aprendi, experienciei para dar sentido à minha vida e fazer diferença nesse mundo. Mesmo de forma pequena, com uma folhinha de cada vez. Cada abelha que existe, por tão poucas horas, faz toda a diferença do mundo para o nosso planeta. Se uma abelha faz essa diferença, imagina o que nós podemos fazer!
Sei que você já deve ter lido vários artigos assim, mas por que então continuamos aos montes na mesma roda?
Não adianta procurar culpados para a vida que levamos, nem para a situação do nosso país. Existe um texto que vou deixar aqui chamado OS OUTROS. Sempre dizemos que os outros fizeram, eles, mas quem são os outros? Quem são eles? Somo nós! Quando paramos em fila dupla, quando não respeitamos uma fila e queremos dar um jeitinho.
Qual é a nossa parte? Vou te contar:
Nos escondemos no desculpismo e no vitimismo, para justificar nossa falta de ação. Precisamos assumir o comando da nossa vida, realmente nos apropriar das nossas ações.
Isso vai fazer com que comecemos a pensar antes de agir. Precisamos de sentimento de dono sobre a nossa vida e sobre nosso trabalho. Não fazer tudo de forma automática e inconsequente. Se você foi contratado por uma empresa, ela precisa do seu trabalho, paga pelo seu melhor! Na sua casa, sua família precisa de você na melhor performance que você pode oferecer. Assuma o comando e veja sua vida inteira mudar.
Gosto muito de usar um exemplo: pense em uma piscina e você está sozinho dentro dela há horas, imóvel. A água está totalmente parada, mas de repente, você move o dedo mindinho do pé e vê formar uma pequena onda em toda a extensão da piscina. Com apenas um pequeno movimento, tudo se transformou. É isso que acontece quando resolvemos tomar propriedade da nossa vida, tudo muda. Sua família espera isso de você, seu chefe e a empresa esperam isso de você, seus amigos esperam isso de você. Vamos juntos? Mudar o mundo para um lugar melhor?
Você está entregando realmente o seu melhor todos os dias?
Outras Referências
http://gestaoeevolucao.blogspot.com/2009/03/os-outros.html
Informações do Autor
Lana Priscila Gerardi
Graduada em Administração de Empresas, com Pós Graduações em Marketing e Recursos Humanos. Vários títulos de desenvolvimento humano pela FGV, Equipe de Alto Desempenho; IFT; Programação Neurolinguística; Fale Melhor, Venda Mais; Competência Emocional; Gestão de Pessoas; Vendas e Motivação; Negociação Aplicada à Realidade. Ex-docente dos cursos de Graduação e Pós Graduação das Universidades Brás Cubas e UMC; Master Coach e Analista de Perfil Comportamental. Com experiência de mais de 20 anos em empresas como Eurofarma, Bayer. Atuou como gestora de vendas para a Ginecologia do Brasil pela BTL. E desde janeiro/2022, empresária e Ceo da Lana Gerardi Mentorias e Treinamentos para médicos.
lana@lanagerardi.com.br
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Key Words
• Atitude
• Comportamento
• Desculpismo
• Vitimismo
• Zona de Conforto