Classes Terapêuticas “Anatomical Classification”
A Classe Terapêutica foi criada pelo Comitê “EphMra-European Pharmaceutical Market Research Association”, com o objetivo de classificar o medicamento pela função química do princípio ativo ou pelo modo como é usado para tratar uma condição particular. Cada droga pode ser classificada em uma ou mais classes terapêuticas dependendo da sua forma de aplicação.
Nota: O gerente de produto pode montar o mercado de acordo com os reais concorrentes. Isto quer dizer que a grande maioria dos segmentos são montados por esses profissionais.
Esse conceito é de abrangência global, e utilizado para o agrupamento de produtos farmacêuticos através de um código alfanumérico:
O nível I refere-se ao sistema ou área do corpo humano em que o medicamento exerce seu principal efeito. Esse sistema de classificação é parte da Anatomical Therapeutic Chemical (ATC) Classification System, amplamente usada na categorização de medicamentos.
No nível I, os fármacos são classificados em 14 grupos principais, cada um correspondente a uma área ou sistema anatômico, como:
Cada grupo é subdividido nos níveis seguintes, que detalham o tipo terapêutico e o composto químico do medicamento. O nível I, portanto, define o foco anatômico do tratamento.
O nível II da “Anatomical Classification of Pharmaceutical Products” faz parte do sistema de classificação ATC (Anatomical Therapeutic Chemical Classification System). Nesse nível, os medicamentos são categorizados de acordo com sua classe terapêutica principal, ou seja, com a função ou efeito terapêutico que exercem no organismo.
Enquanto o nível I define a área anatômica onde o medicamento atua, o nível II especifica o principal propósito terapêutico da substância dentro daquele grupo anatômico. Cada categoria do nível I é subdividida em várias classes terapêuticas no nível II.
Por exemplo:
Essas classes terapêuticas no nível II ajudam a definir o tipo de tratamento que o medicamento realiza dentro do sistema anatômico geral (definido no nível I), oferecendo uma categorização mais detalhada.
O nível III da “Anatomical Classification of Pharmaceutical Products”, no sistema ATC (Anatomical Therapeutic Chemical Classification System), classifica os medicamentos com base em suas subclasses terapêuticas ou farmacológicas. Esse nível aprofunda a categorização, identificando mais especificamente o tipo de ação que o medicamento exerce ou o grupo farmacológico ao qual pertence dentro da classe terapêutica principal (definida no nível II).
Exemplo:
O nível III oferece uma diferenciação mais detalhada dentro do efeito terapêutico de medicamentos, permitindo uma segmentação mais precisa com base nas propriedades farmacológicas ou modos de ação.
O nível IV da “Anatomical Classification of Pharmaceutical Products” no sistema ATC (Anatomical Therapeutic Chemical Classification System) classifica os medicamentos de acordo com suas subdivisões químico-terapêuticas ou farmacológicas. Esse nível é ainda mais específico que o nível III e identifica subgrupos baseados nas diferenças farmacológicas ou terapêuticas dentro de uma mesma classe de medicamentos.
Portanto, o nível IV divide medicamentos que pertencem ao mesmo grupo do nível III, mas que possuem variações em termos de composição química, mecanismo de ação, ou forma de administração.
Resumo da hierarquia:
Exemplo:
O nível IV permite uma maior diferenciação entre medicamentos com ações semelhantes, mas com diferenças químicas importantes.
Forma de aplicação
A forma de aplicação refere-se ao método ou via pela qual um medicamento ou substância terapêutica é administrado ao corpo para que exerça seu efeito. A forma de aplicação é crucial para garantir que o medicamento atinja o local certo no corpo, na concentração adequada, e de forma eficiente.
Os níveis dos códigos da forma de aplicação dentro da classificação farmacêutica seguem uma estrutura hierárquica semelhante ao sistema ATC (Anatomical Therapeutic Chemical Classification). No caso dos códigos TLC (Three Letter Code) da EphMRA (European Pharmaceutical Market Research Association), a forma de aplicação pode ser organizada em diferentes níveis, que especificam progressivamente a área de aplicação e a forma de dosagem.
Abaixo estão descritos os níveis de códigos da forma de aplicação, começando pelo tipo geral de aplicação e avançando para formas mais específicas:
Nível I: Forma Anatômica/Sistema de Aplicação
Este nível classifica os medicamentos com base na área do corpo onde são aplicados ou o sistema afetado. Refere-se ao sistema anatômico de aplicação:
Nível II: Tipo de Forma de Administração
Este nível reflete a forma física e a via de administração do medicamento. Por exemplo:
Nível III: Forma de Dosagem Específica
Este nível especifica a forma farmacêutica detalhada ou variação dentro da mesma forma geral de dosagem. Alguns exemplos incluem:
Resumo:
Os níveis de códigos da forma de aplicação permitem uma organização hierárquica, desde o sistema anatômico em que o medicamento é aplicado até a forma farmacêutica específica.
Esse código é frequentemente integrado a bancos de dados, softwares de pesquisa de mercado e sistemas regulatórios, simplificando o processo de consulta, categorização e análise de dados farmacêuticos.
Informações da Autora
Roseli Campoi
Acumulou vasta experiência na IQVIA durante 25 anos em supervisionar a equipe de atendimento ao cliente e gerenciamento nas áreas de Relacionamento com os Parceiros Estratégicos, Vendas e Treinamento. Na área de treinamento foram treinados mais de 10.000 profissionais das empresas: Apsen, Bayer, Cristália, Eurofarma, GrupoSC, Hypera, Libbs, Merck, Novo Nordisk, Novartis, Grupo Santa Cruz, Profarma, Servimed, RD, DPSP, Pague Menos, Febrafar, entre outras. O prêmio CEO Team Award é um dos mais importantes reconhecimentos de performance da IQVIA e Roseli recebeu essa excelência por fazer parte do time das iniciativas estratégicas com foco no cliente. Obteve Pós-graduação: Master em Marketing e Vendas na conceituada Business School São Paulo e participou do Módulo internacional: La Gestión Empresarial y el Desafeo de la Sostenibilidad da EOI-Escuela de Organización Industrial em Madrid, na Espanha. Networking internacional, contato com as melhores práticas e modelos de gestão europeus. Desde 2005, faz parte do Grupo do Bem que é composto por amigas que resolveram fazer algo para o próximo. O lema é: Fazer o bem faz bem! É uma ONG que trabalha em várias frentes, com doações para prestar assistência aos nossos irmãos necessitados.
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